A ANFIP está acompanhando de perto as discussões sobre a reforma do Imposto de Renda e manifesta sua posição em relação à aprovação, pela Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 1087/25, que agora segue para análise no Senado Federal.
O texto aprovado prevê isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil por mês, além de desconto também no 13º salário. Para compensar essa mudança, será cobrado um imposto maior sobre rendas anuais acima de R$ 600 mil, criando um sistema mais equilibrado de tributação conforme a faixa de renda.
Para a ANFIP, essa medida é um avanço importante rumo à justiça tributária, já que reduz o peso dos impostos para trabalhadores de baixa e média renda e corrige distorções que hoje fazem com que parte da população de alta renda pague, proporcionalmente, menos do que os assalariados, que chegam a contribuir, em média, de 9% a 11% sobre seus rendimentos.
Essa mudança é apenas um primeiro passo. É preciso avançar em reformas mais amplas no sistema de arrecadação para tornar os impostos mais justos e garantir recursos para o país sem sobrecarregar quem tem menor poder de compra.
Nesse sentido, a aprovação do PL 1087/25 sinaliza um primeiro passo em direção à construção de um sistema tributário mais justo, mas demanda, do Congresso Nacional e do Executivo, novos esforços para consolidar uma verdadeira reforma da renda, capaz de reduzir desigualdades históricas e fortalecer o pacto social brasileiro.