A ANFIP Nacional se une a diversas entidades representativas dos servidores públicos das três esferas — federal, estadual e municipal — na realização da Marcha Nacional do Serviço Público, em Brasília, contra a Reforma Administrativa. A mobilização acontecerá no dia 29 de outubro, data seguinte ao Dia do Servidor Público, com concentração a partir das 9 horas, no Museu da República.
De lá, os participantes seguirão em caminhada até o Congresso Nacional, onde cobrarão dos parlamentares o compromisso com a defesa do serviço público e dos direitos dos servidores.
O ato é organizado de forma conjunta por associações, sindicatos, confederações e federações de servidores públicos, além dos Fóruns Nacionais de Servidores Públicos, como o Fonacate e o Fonasefe, das centrais sindicais e da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público.
A proposta de Reforma Administrativa em debate no Congresso representa um ataque direto à estabilidade e à profissionalização do funcionalismo, pilares que garantem a continuidade e a impessoalidade das políticas públicas.
A ANFIP reafirma que a estabilidade do servidor é essencial para assegurar a perenidade das políticas públicas, lembrando o papel fundamental desempenhado pelos servidores durante a pandemia da Covid-19, nas catástrofes ambientais e nas operações de combate à corrupção e ao crime organizado. “O servidor estável protege o interesse público, não o governo de ocasião”, destaca o presidente da ANFIP, Miguel Nôvo.
Neste sentido, a Associação conclama todos os seus associados e servidores públicos em geral a participarem das mobilizações contra a Reforma Administrativa, seja em Brasília ou nos estados, para que o Congresso Nacional rejeite integralmente o texto apresentado pelo relator.
Apesar de ser apresentada sob o discurso da modernização, da meritocracia e do fim de privilégios, a proposta, na prática, visa a privatização dos serviços públicos, a precarização das relações entre Estado e cidadão e a eliminação de direitos historicamente conquistados.