ANFIP e entidades preparam ações contra jogos de azar

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A legalização da jogatina volta a movimentar a pauta do Senado Federal. Nos bastidores, parlamentares e empresários articulam a regulamentação da atividade, ligada diretamente a diversos crimes, como corrupção, lavagem de dinheiro, prostituição, tráfico humano, exploração do trabalho, violência e incentivo à vícios como ludopatia e álcool.

Para combater tudo isso, o vice-presidente de Assuntos Parlamentares da ANFIP, José Avelino da Silva Neto, e o assessor de Estudos Socioeconômicos, Vilson Antonio Romero, participaram de reunião hoje (12/8), no gabinete do senador Eduardo Gibão (PODE/CE), para discutir ações e estratégias contra os Projetos de Lei 442/1991 e (PLS) 186/2014, que preveem a regulamentação dos jogos de azar (cassinos, caça níqueis, apostas, bingos) e do bicho no Brasil.

Também estiveram presentes o coordenador-geral de Articulação Institucional do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), Bernardo Mota; o subsecretário de Prêmios e Sorteios do Ministério da Economia, Waldir Eustáquio Marques Júnior; o assessor Legislativo e ex-coordenador do Movimento Brasil sem Azar, Roberto Lasserre; e os representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) Flávio Werneck (diretor Jurídico) e Marcus Firme do Reis (diretor Parlamentar).

Na reunião, ficou decidida a retomada dos trabalhos da Frente Parlamentar Mista por um Brasil sem Jogos de Azar, a produção de notas e estudos apontando os riscos da jogatina para o Estado brasileiro e os prejuízos para a população, além do contato direto com os parlamentares para conseguir apoio contra as propostas que tramitam na Câmara dos Deputados (PL 442/91) e no Senado (PLS 186/14).

A ANFIP é contrária à legalização da jogatina no país e integrou o Movimento Brasil sem Azar, oportunidade em que participou de diversos debates sobre o tema e alertou para a falta de estrutura do Estado para fiscalizar o mercado dos jogos de azar, sendo esta uma atividade que, se legalizada, trará graves prejuízos aos cofres públicos e ao cidadão.