Em um movimento decisivo para a defesa e o fortalecimento da proteção social no Brasil, a ANFIP Nacional participou, nesta quinta-feira (4/12), de uma reunião no gabinete do senador Paulo Paim (PT-RS). O encontro teve como pauta central a discussão de alternativas viáveis e justas para o financiamento da Seguridade Social, um dos pilares fundamentais da Constituição Federal de 1988.
A Entidade foi representada pelo vice-presidente de Assuntos da Seguridade Social, Wanderson Dias Ferreira, que levou à mesa de debates o conhecimento técnico da Auditoria Fiscal e a preocupação com a sustentabilidade do sistema a longo prazo. Também participaram da reunião renomados juristas e economistas.
Durante sua intervenção, Wanderson Ferreira foi enfático ao analisar o cenário atual. O vice-presidente destacou que a inércia ou a falta de ajustes estruturais no modelo de financiamento não isentará a sociedade dos custos sociais. Pelo contrário, poderá precarizar o sistema, deslocando a responsabilidade para a Assistência Social, que possui uma lógica de financiamento distinta. “Temos que deixar bem claro para a sociedade o seguinte: se a gente não zerar o jogo e não mexer, a conta vai chegar do mesmo jeito, ela vai cair no colo da Assistência. Todo mundo vai pagar do mesmo jeito”, alertou.
A fala reforça a tese histórica da ANFIP de que a Seguridade Social deve ser compreendida a partir do orçamento integral e do princípio da solidariedade, evitando que narrativas de déficit ocultem a real necessidade de aprimoramento das fontes de financiamento e do combate à sonegação.
Como resultado direto da reunião, foi formalizada a criação de um Grupo de Trabalho Interdisciplinar com a missão de aprofundar estudos sobre o modelo atual, analisar propostas de reforma, elaborar ações legislativas e políticas e proteger os direitos sociais, assegurando que as soluções construídas não impliquem retrocessos à cidadania.
A participação da ANFIP nesse grupo reafirma seu protagonismo nas discussões nacionais, atuando não apenas como entidade fiscalizadora, mas como agente propositivo na construção de caminhos que conciliem responsabilidade fiscal com justiça social.


