Diante das ameaças de retirada de direitos e do desmantelamento do serviço público através da Reforma Administrativa, que será apresentada pelo governo federal, as entidades debatem estratégias de atuação, junto ao Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), para impedir as graves perdas que a medida vai representar.
Neste sentido, os representantes das categorias, incluindo a ANFIP, representada pelo vice-presidente Executivo, Márcio Humberto Gheller, se reuniram nesta terça-feira (10/9) para analisar os impactos das mudanças, além de definir ações junto aos parlamentares e à sociedade.
“Temos muitos desafios pela frente. Precisamos trabalhar em bloco e com unidade para enfrentar a reforma”, disse o presidente do Fonacate, Rudinei Marques.
Márcio Gheller reforçou a necessidade do trabalho conjunto. “Esse é um momento de bastante preocupação. Não há outra saída, senão, trabalharmos juntos para não sermos tragados por essa reforma”, enfatizou o vice-presidente da ANFIP.
Dentre as mudanças que vem sendo preparada pela equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro, a medida pretende acabar com a estabilidade no serviço público, ter avaliação de desempenho mais dura para o funcionalismo, reduzir salários no início de carreira e aumentar o tempo de progressão, além de não conceder aumentos salariais.
Ainda na reunião, os dirigentes ressaltaram que é preciso enfrentar essa e outras medidas que visam a diminuição do Estado, a retirada de direitos e o enfraquecimento do serviço público.
Definiram organizar os servidores na base, fornecendo informações e alertando sobre os graves prejuízos da proposta, que deve ser apresentada pelo Executivo ainda nesse ano. O trabalho de comunicação e busca de apoio será feito, ainda, junto aos parlamentares e à população.
Pela ANFIP, também esteve presente na reunião do Fonacate o assessor de Estudos Socioeconômicos, Vilson Antonio Romero.