ANFIP e entidades defendem medidas contra a reforma administrativa

Em reunião plenária, realizada nesta terça-feira (9/9), as entidades que compõem o Fórum de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), entre elas a ANFIP Nacional, discutiram estratégias de atuação diante da reforma administrativa. “Por enquanto, estamos fazendo tudo o que é possível, nos posicionando e atuando ativamente”, declarou o presidente do Fonacate, Rudinei Marques.

Logo no início, os representantes ressaltaram a preocupação com o distanciamento da sociedade em relação ao serviço público. Para eles, é essencial reforçar a importância da atuação dos servidores para o funcionamento do país. “Estamos lutando contra uma cultura que combate a imagem do servidor, difundindo a ideia de que o servidor não trabalha. É muito difícil desconstruir essa visão. Além disso, preocupa o fato de que a votação se aproxima e ninguém conhece o texto. Precisamos saber contra o que estamos lutando. O deputado Pedro Paulo, relator da proposta, não apresenta claramente o conteúdo da PEC”, afirmou.

A ausência de informações claras sobre a proposta foi um dos pontos mais criticados ao longo da reunião. O presidente da ANFIP Nacional, Miguel Nôvo, destacou que a demora em apresentar o conteúdo da reforma compromete o debate democrático. “Quanto mais tempo eles demorarem para apresentar o texto, menos tempo teremos para debater. As reformas, até hoje, sempre retiraram direitos. Nunca vi uma reforma administrativa ou previdenciária trazer benefícios ao servidor. Precisamos exigir que o texto seja apresentado”, disse.

As entidades também lembraram o histórico de reformas anteriores, que trouxeram perdas significativas para os trabalhadores. Para elas, a falta de transparência atual amplia ainda mais a insegurança. “Gostaria de lembrar de todas as reformas que já vivemos até agora, e nenhuma foi positiva. Estamos diante de um risco enorme: um texto de 30 páginas, do qual conhecemos apenas fragmentos. Temos o direito e o dever de ter acesso a ele. Nosso temor é legítimo”, ressaltou um dos dirigentes.

Diante desse cenário, a preocupação é unânime: a indefinição sobre o conteúdo da proposta e o histórico de retrocessos levantam dúvidas sobre o futuro do serviço público no Brasil.

A ANFIP reafirma seu compromisso de acompanhar cada passo do processo e de atuar firmemente contra medidas que possam precarizar o serviço público brasileiro.


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