ANFIP presta homenagem a ex-presidentes da Entidade e relembra trajetória

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A história da ANFIP é marcada por importantes realizações, união e dedicação daqueles que ajudaram a construir a Entidade até aqui. Para lembrar essa trajetória grandiosa, foi realizado, no final de novembro, em Brasília, evento em homenagem a todos os ex-presidentes da Associação e para concretizar o Projeto ANFIP 70 Anos, adiado de 2020 para este ano devido à pandemia.

A vice-presidente de Relações Públicas e coordenadora do projeto, Maria Aparecida Fernandes Paes Leme, saudou os presentes durante abertura do evento. “Creio que a emoção está palpitando em cada um de nós aqui presente. Emoção decorrente do reencontro, da amizade, do carinho entre amigos que, embora territorialmente separados, são ligados por uma célula agregadora chamada ANFIP”, disse.

Décio Bruno Lopes, presidente da ANFIP, enalteceu o trabalho coletivo em toda a trajetória da Entidade. “A todos vocês que construíram a ANFIP e a todos que, ao longo do tempo, vêm construindo a Associação, nosso muito obrigado! A ANFIP depende de cada um de nós. Vocês foram o esteio dessa construção. Nós, que viemos depois, temos o dever de continuar essa construção para os próximos 70, 100 ou mais anos”.

Carlos Castro, que integrou a mesa do evento como coordenador do Conselho de Representantes, no lugar de Genésio Denardi, que não pode estar presente, falou da alegria de participar de momentos como o atual. “Quando vejo tantos amigos e colegas que, ao longo do tempo, construíram essa Entidade, eu vejo a nossa fortaleza cada dia se consolidar neste lugar de valor, de cultura e de amor”, ressaltou.

Maria Gorete Medeiros, do Conselho Fiscal, agradeceu o trabalho da ANFIP em prol dos associados. “Sou muito agradecida por essa União, por tudo que a ANFIP tem feito pela categoria, pela classe. É muito importante que a gente se lembre que o coletivo é mais importante do que o individual”, declarou, falando de sua emoção em aprender e fazer parte da Associação.

Margarida Lopes de Araújo, presidente da Fundação ANFIP, aproveitou a ocasião para parabenizar o presidente Décio Lopes pela condução da Entidade. “Tão bem conduziu a ANFIP nesses dois anos tão difíceis de pandemia e nos deu todo o apoio”. Lembrou, ainda, da criação do Hino da ANFIP, durante gestão de Severino Cavalcanti (1997-1999), e também da Galeria dos Ex-presidentes, fixada na sede da Associação. “Adoro ver os ex-presidentes. Eles nos antecederam e nos deram a sua experiência e o incentivo para também trabalhar pela nossa Entidade”, afirmou.

Diante de um público reduzido, envoltos de grande emoção, e na presença dos integrantes dos Conselhos Executivo, Fiscal e de Representantes, junto à Fundação ANFIP, receberam as homenagens: Gilberto Ulysses Franceschini (1983-1984), Marville Taffarel (1988-1989), Pedro Augusto Sanchez (1991-1992), Severino Cavalcante de Souza (1997-1999), Antônio Rodrigues de Sousa Neto (1999-2001), Jorge Cezar Costa (2009-2011), Margarida Lopes de Araújo (2013-2015) e Floriano Martins de Sá Neto (1993-1995 e 2015-2019).

Também foram lembrados in memoriam e homenageados pela ANFIP o ex-presidente Pedro Dittrich e Manoel de Oliveira Filho, o Manoelzinho, por suas contribuições à Entidade. As honrarias foram entregues à Regina Iara Regis Dittrich, viúva de Pedro Dittrich; e à Marcelo Barros de Oliveira, filho de Manoelzinho.

Floriano José Martins, vice-presidente da ANFIP-SC, em discurso de homenagem a Pedro Dittrich, lembrou como o colega sempre foi querido e considerado exemplo para os integrante da carreira e os companheiros da vida associativa. Ele citou registros publicados na época, que ressaltavam a sabedoria de Dittrich, sua alegria contagiante e exemplo de coragem e perseverança. “Um ser humano admirável, em todas as suas dimensões, sempre transmitia a ideia de um projeto coletivo para construir uma sociedade melhor”, destacou Floriano José, lembrando as palavras do próprio Pedro Dittrich, que dizia que “as grandes vitórias surgem de lutas das comunidades, não das reivindicações individuais”. Floriano José também destacou sua admiração pelo colega e amigo: “Foi um pai, um amigo, um instrutor, um exemplo. A história de Pedro se confunde com os princípios defendidos pela ANFIP. A Entidade foi uma escola para mim e Dittrich foi um mestre. Ao mestre, com carinho!”.

Regina Dittrich fez um pronunciamento que emocionou a todos os presentes. Ela recordou alguns fatos sobre a vivência de Pedro Dittrich na ANFIP. “Eu gostaria de recordar o Pedro da forma como eu o via. Embora ele tivesse na política partidária desde jovem, primeiro no PTB, de Getúlio Vargas e de João Goulart, e depois no MDB, foi na ANFIP, na ação efetiva da política de classe, que o espírito combativo do Pedro encontrou seu chão e a sua realização pessoal”, afirmou. E acrescentou: “Durante muitos e muitos anos, ele participou, colaborou, trabalhou com vontade, com afinco e capacidade e, principalmente, com entusiasmo. Ele tinha muito entusiasmo pela ANFIP”. Muito emocionada, Regina Dittrich declarou: “eu posso dizer, com toda certeza, que o Pedro foi feliz nos seus anos de ANFIP”. “Em meu nome e em nome dos meus filhos e netos, quero registrar a honra e a satisfação de dizer do nosso profundo agradecimento pela homenagem prestada ao Pedro”, disse.

Em seguida, Antonio Carlos Silveira, presidente da ANFIP-SC, entregou à Regina um quadro em homenagem à Pedro Dittrich.

Na sequência, foi convidado a fazer uso da palavra o presidente da ANFIP-GO, Carlos José de Castro, para prestar sua homenagem ao Manoelzinho. “Falar do Manoel não é um discurso, é um testemunho da vivência nossa”. Ele, então, contou como a contribuição de Manoelzinho foi fundamental na época em que começou o processo de transferência da sede da ANFIP para Brasília. “Nós vínhamos para Brasília para perambular nos ministérios. E tínhamos aqui uma sede, que era o gabinete de Manoelzinho. Na época, ele colocava à nossa disposição o telefone do gabinete, máquina elétrica e a secretária dele. E o café sempre quentinho, servido a todos nós que ficávamos no gabinete”, relatou. Castro também lembrou que Manoelzinho, inclusive, deixava à disposição dos dirigentes da ANFIP seu carro pessoal. “Juntos, nós íamos apertados para os gabinetes do Palácio do Planalto e do Ministério da Fazenda”, relembrou. E acrescentou: “Essa é uma história que poucos viveram e que poucos sabem o prazer que foi viver aquela época”.

Carlos Castro encerrou dizendo da saudade dos amigos e colegas homenageados. “Poucos têm o prazer de dizer ‘eu vivi a ANFIP no tempo de Pedro Dittrich, de Manoelzinho e de tantos outros que agitaram, com suor, com sacrifício, com carinho e com amor dedicados à instituição. O Manoelzinho só merece os nossos aplausos, a nossa saudade e o nosso eterno amor. E eu, que convivi com ele pessoalmente, tenho um profundo carinho e uma profunda saudade do nosso Manoelzinho”.

Representando a família de Manoelzinho, o filho Marcelo Barros de Oliveira agradeceu as homenagens prestadas e também falou da saudade do pai. “Falar do meu pai é muita emoção. Hoje é um dia muito especial para a minha família. É com muita honra que estamos aqui para receber essa linda homenagem que está sendo feita ao meu pai”, ressaltou. Marcelo Oliveira disse que, se pudesse participar do evento, seu pai estaria muito feliz. “Muito feliz e orgulhoso, porém, estaria muito nervoso, porque meu pai não gostava dos holofotes, apesar de não fugir deles”.

Ele contou sobre o carinho que Manoelzinho tinha pelos colegas. “Mesmo tendo esse apreço pela informalidade, meu pai adorava isso e transformava as relações profissionais, dentro do possível, em relações pessoais, tratando a todos com respeito profissional, mas com imenso carinho. E esse jeito especial de lidar com as pessoas, mesmo no trabalho, é que, provavelmente, o fez ter o apelido entre seus colegas de Previdência de Manoelzinho, que eu considero perfeito, por expressar muito bem a forma de se relacionar do meu pai com todos, mesmo em ambientes formais”. O filho também relatou que Manoelzinho tinha muito orgulho da história profissional que construiu e de como se tornou Fiscal Previdenciário, “tendo evoluído na carreira através da competência que ele tinha, sem nunca depender de apoio político, que era um dos orgulhos dele”.

O presidente da ANFIP-RN, Jonilson Carvalho de Oliveira, foi convidado para entregar o quadro de homenagem ao filho de Manoelzinho.

Para falar em nome dos ex-presidentes homenageados, ocupou a tribuna Pedro Sanches, ex-presidente da ANFIP. “Falar da ANFIP é a coisa mais linda e agradável do mundo. Agora, falar da ANFIP nesse momento, que nós tivemos situações de emoção muito claras, e que as lágrimas, com certeza, vieram aos olhos, nos anima mais. Eu agradeço aos colegas que me deram a oportunidade de falar um pouco da ANFIP. Com certeza, todos os colegas que estão aqui não tiveram a oportunidade, a sorte, a felicidade que eu tive. Por que eu estou dizendo isso? Eu tive a oportunidade de conhecer todos os ex-presidentes da ANFIP até hoje. Não só conhecer, como ter a amizade e trabalhar junto deles, alguns de uma forma maior, outros de uma forma menor”, destacou Sanches, que citou, nominalmente, todos os ex-presidentes e seus respectivos estados. “Fiz questão de trazer o nome destes para que vocês possam se lembrar deles”, disse.

Pedro Sanches recordou alguns momentos da criação da ANFIP, em 1950, e das dificuldades daquele período. “Imagina como era o quadro naquele momento, como era o mundo naquele momento. Para se ter uma ideia, a primeira Convenção da ANFIP só foi feita 17 anos após sua fundação. O primeiro imóvel, pequenininho, lá em Niterói, só foi comprado 26 anos após a criação. Vejam quanta luta teve que ser realizada”, lembrou. E acrescentou: “São 70 anos de ANFIP e a gente não pode esquecer a nossa história. A luta não foi pequena. Tudo que foi feito, foi feito com muita dedicação e demorou anos”.

Também no evento, todos os ex-presidentes receberam, simbolicamente, uma comenda como forma de agradecimento à dedicação e contribuição prestadas à ANFIP.

Revista 70 Anos

Ainda como parte das homenagens à trajetória da Associação, foi lançada oficialmente a Revista 70 Anos, publicação que faz uma retrospectiva da história da Entidade, conta fatos de bastidores, apresenta um breve histórico das Associações Estaduais e um álbum de fotos para lembrar momentos de companheirismo e encontros de associados de todo o Brasil.

A versão digital da Revista 70 Anos está disponível no site da ANFIP. Clique aqui para baixar a publicação.