Na linha de frente da campanha eleitoral em 2018, ricos reprovam Bolsonaro ante ao coronavírus, diz Datafolha

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Mais da metade dos entrevistados com renda superior a dez salários mínimos reprovam as ações de Jair Bolsonaro. Tributação dos super-ricos geraria R$ 272 bi para minimizar efeitos da crise aprofundada pela Covid-19
Um recorte da pesquisa Datafolha publicada nesta terça-feira (24) pela Folha de S.Paulo revela que 51% dos entrevistados com renda superior a dez salários mínimos reprovam as ações de Jair Bolsonaro frente à pandemia do coronavírus.

A rejeição de Bolsonaro diante da Covid-19 é grande também entre os eleitores que têm ensino superior. Segundo o levantamento, 46% consideram que Bolsonaro faz um trabalho ruim ou péssimo para enfrentar a pandemia.

A participação no ato do dia 15 de Março foi extremamente criticada por essa parcela. Nesse recorte, 80% afirmaram que o presidente agiu mal ao cumprimentar apoiadores. O índice foi de 63% entre eleitores com ensino fundamental completo.

Entre eleitores com ensino superior, 68% disseram rejeitar a afirmação de Bolsonaro de que a pandemia é marcada por uma “histeria”. Nos segmentos que têm apenas o ensino fundamental ou o ensino médio, esse percentual foi de 50%.

Taxação

Em seu blog no portal Uol, o jornalista Leonardo Sakamoto publicou reportagem que diz que a tributação dos super-ricos pode gerar uma arrecadação de R$ 272 bilhões para serem usados contra a crise econômica, que será aprofundada pela crise de saúde pública produzida pelo coronavírus.

As contas foram feitas pela Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), os Auditores Fiscais pela Democracia (AFD) e o Instituto Justiça Fiscal (IJF). Eles divulgaram um documento, nesta terça (23), com 14 propostas para serem implementadas a fim de amenizar os impactos econômicos da Covid-19 no país.

Fonte: Revista Fórum.