Operação “Down Fall”: Receita Federal combate sonegação

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A operação “Down Fall”, desencadeada nesta quinta-feira (4/5), é resultado de uma força-tarefa da Receita Federal, Polícia Federal e Polícia Civil do estado do Paraná, e teve como foco inicial a investigação de fatos criminosos como homicídios, tráfico internacional de drogas e organização criminosa.

O líder da organização foi preso com documentos falsos, em setembro de 2021, quando tentava mudar de rosto em uma clínica de cirurgia plástica em São Paulo – SP. Natural do estado do Paraná, ele foi o responsável por diversos homicídios de criminosos concorrentes no litoral do estado e por embarques de drogas através dos portos de Paranaguá – PR, Itajaí – SC e Santos – SP.

Na Receita Federal, os trabalhos tiveram início após diversas apreensões ocorridas no porto de Paranaguá e que tinham os portos de Roterdam, Antuérpia e Algeciras como destino.

Com a deflagração da operação, a RFB irá analisar se todos os investigados possuem fonte de renda lícita para aquisição de vultoso patrimônio que foi sequestrado judicialmente.

Além disso, a ação conjunta irá avaliar a partir de agora se proprietários de construtoras e incorporadoras contribuíram para a ocultação da verdadeira propriedade de bens pertencentes à organização criminosa e que de fato foram adquiridos com recursos ilícitos. Serão verificadas as declarações referentes às operações de construção, incorporação, loteamento e intermediação de aquisições/alienações, envolvendo imóveis adquiridos pelos investigados.

A operação contou com a participação de aproximadamente 300 policiais federais, 150 policiais civis do estado do Paraná e 23 Auditores Fiscais e analistas tributários da Receita Federal que cumpriram, ao todo, 88 mandados de busca e apreensão e 30 de prisão preventiva. Os mandados foram cumpridos nos estados do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Espírito Santo e Santa Catarina.

As ordens judiciais expedidas preveem o sequestro de aproximadamente R$ 1 bilhão em imóveis com suspeita de ligação com a organização criminosa.

Fonte: Receita Federal