Estudo identifica falsificação nas contas oficiais da Reforma da Previdência

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Pesquisadores do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica, da Universidade de Campinas (Cecon/Unicamp), divulgaram, nesta segunda-feira (16/9), um amplo e detalhado estudo sobre os cálculos do governo que baseiam a proposta de reforma do sistema previdenciário brasileiros.

Intitulado “A falsificação nas contas oficiais da Reforma da Previdência: o caso do Regime Geral de Previdência Social”, o trabalho é de autoria dos seguintes especialistas: Pedro Paulo Zahluth Bastos, Ricardo Knudsen, André Luiz Passos Santos e Henrique Sá Earp.

“Obtivemos a planilha com cálculos oficiais do Ministério da Economia sobre a Reforma da Previdência, até então em sigilo, através da Lei de Acesso à Informações (LAI). Auditamos e encontramos indícios de falsificação ou, no mínimo, incompetência inexplicável. Os cálculos manipulam os dados sem respeitar a legislação e inflam o custo fiscal das aposentadorias atuais para justificar a reforma e exagerar a economia fiscal e o impacto positivo (inexistente) sobre a redução da desigualdade da Nova Previdência”, diz o documento.

Os pesquisadores também concluíram que “os critérios da Nova Previdência prejudicam principalmente os mais pobres” e agrava ainda mais a desigualdade.

“O aumento do subsídio para os mais pobres pós-reforma é falso. Como o superávit alegado pelo governo com a abolição da ATC é falso, a estimativa de economia com a reforma também é falsa”, alertam.

Acesse AQUI a íntegra do estudo do Cecon-Unicamp.