Mulheres realizam ato em defesa da aposentadoria

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O auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados foi palco de um dos maiores atos em defesa da aposentadoria, realizado nesta quinta-feira (11/4), das 9h às 13h. O evento Mulheres Unidas reuniu mulheres de várias representações, entre parlamentares, entidades de classe, organizações sindicais, movimentos sociais e sociedade civil organizada.

O objetivo das representantes do movimento é mostrar à sociedade o quanto a PEC 6/2019, da reforma da Previdência, altera de forma prejudicial os direitos previdenciários das mulheres brasileiras. Organizada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher e pela liderança da Minoria na Câmara dos Deputados, representada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ).

A ANFIP esteve representada no evento pelo presidente Floriano Martins de Sá Neto e pelas vice-presidente Dejanira Freitas Braga (Cultura Profissional e Relações Interassociativas), Maria Aparecida Fernandes Paes Leme (Relações Públicas), Valdenice Seixas Elvas (Planejamento e Controle Orçamentário), além da representante do Conselho Fiscal da ANFIP, Margarida Lopes de Araújo, e funcionárias da Entidade.

Em discurso durante o evento, Dejanira Braga lembrou que a Previdência Social completa cem anos em 2023.  “Ela é justa e solidária, uma verdadeira proteção social. Temos que mostrar que este projeto é uma destruição da proteção social dos trabalhadores brasileiros. Esse sistema de capitalização, previsto na reforma, acaba exatamente com essa proteção aos trabalhadores. O que será dos nossos idosos? Vão ficar iguais aos idosos do Chile, na miséria? Temos que nos unir e dizer não à reforma da Previdência”, enfatizou a vice-presidente.

A deputada federal Jandira Feghali defendeu os direitos das mulheres no acesso à aposentadoria e benefícios assistenciais. “Se nós somos diferente na vida, se temos uma vida laboral diferenciada, se somos a metade no mundo do trabalho que não tem carteira assinada, se temos dupla ou tripla jornada de trabalho, se cuidamos dos nossos filhos, se não somos remuneradas igualmente, somos a maioria da aposentadoria por idade, e não conseguimos alcançar, sequer, 15 anos de contribuição. Se somos discriminadas no mundo real, como poderemos ser igualmente tratadas no acesso à Previdência? Não queremos a aprovação desta reforma misógina, excludente, que discrimina as mulheres”, declarou.

Confira AQUI o banco de imagens completo do ato.