O presidente Vilson Romero e o vice-presidente de Estudos e Assuntos Tributários, Gilberto Pereira, acompanharam o debate do Correio Braziliense realizado nesta terça-feira (19/12) para abordar os principais temas da agenda econômica, social e sustentável que o Brasil deve enfrentar no próximo ano.
O evento reuniu diversos representantes dos setores público e privado, incluindo o secretário Extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, que discutiu, no primeiro painel, as estratégias que poderão garantir o crescimento do emprego, da renda e dos investimentos no país.
“Existem muitas distorções que precisam ser corrigidas, e, para isso, é preciso trabalho e construção política para fazer as correções. Esse é o desafio para os próximos anos”, disse. Segundo o secretário, para o crescimento de empregos é preciso que a macroeconomia esteja organizada e, apesar de o Brasil estar no caminho correto, são necessárias medidas que aumentem seu potencial de desenvolvimento e a reforma tributária é uma delas.
Acerca da aprovação da reforma sobre o consumo, o secretário frisou que foi um processo de construção coletiva. “Eu não sou o grande vencedor. O grande vencedor é a boa política, ela que viabilizou. Foi o equacionamento político com a participação do ministro Haddad, relatores da matéria na Câmara e Senado, líderes partidários e de um conjunto grande de parlamentares que se envolveram com o tema que permitiram depois de mais de 35 anos conseguir aprovar uma reforma ampla da tributação sobre o consumo no Brasil”, afirmou Appy. O trabalho conjunto com estados e municípios para a regulamentação das leis complementares será realizado a partir de janeiro.
Appy também falou sobre a reforma do Imposto de Renda, que já está sendo discutida operacionalmente no Ministério da Fazenda com participação de representantes dos fiscos federal, estadual e municipal. “Há consenso entre eles que o objetivo é ter um sistema operacional que seja o mais simples possível para os contribuintes. Estamos trabalhando para a proposta que seja enviada o mais rápido possível para o Congresso Nacional”.
O secretário informou que após a produção o trabalho técnico, que tem como diretrizes a neutralidade, isonomia e progressividade, terá que passar pelo crivo político do governo e do Congresso.
O segundo painel, discutiu o tema Um mundo complexo e desafiador: onde o Brasil se encaixa? com a participação de especialistas em economia. No terceiro e último painel foi debatido o clima. O enceramento foi realizado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com uma reflexão sobre os desafios monetários e fiscais do país. Também esteve presente o ministro das Cidades do Brasil, Jader Barbalho Filho.
Confira o debate completo no canal do Correio no YouTube (aqui).